Por todo o exposto, solicitamos urgentemente a atenção das autoridades competentes para:
a) Observação imediata do resultado da reunião que destituiu a Sra. Maria Leuza Kabá, do cargo de Vice- Coordenadora da Associação Pussuru, e a Sra Neuxa Krixi, do cargo de tesoureira da mesma associação. Neste sentido, pedimos especial atenção ao fator alegado de financiamento da reunião pela Prefeitura e de influência da mesma, na forma de coação, sobre as decisões do líderes Munduruku presentes;
b) Envio imediato de observadores para a questão da violação de direitos humanos dos povos Munduruku e, principalmente, com fins de acompanhar o processo de Consulta Livre, Prévia e Informada sobre as hidrelétricas do Rio Tapajós, tal qual foi anunciado que ocorreria e que era prioridade para o novo e eleito mandato da Associação Pusuru;
c) Apuração da conduta do Prefeito Raulien Queiroz e seus assessores no que diz respeito ao cerceamento à liberdade de expressão e manifestação, assim como a intimidação de ativistas e membros do movimento social e movimento indígena, tal qual garantido nos Artigos 5 e 232 da Constituição Federal, e na Convenção 169 da OIT, bem como na Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas, das quais o Brasil é signatário;
Assinam esta carta:
- Comitê Metropolitano do Movimento Xingu Vivo Para Sempre
- Fórum da Amazônia Oriental (FAOR)
- Rede Brasil sobre Instituições Financeiras Multilaterais
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