quarta-feira, 14 de agosto de 2013

de Marco Weissheimer em RS Urgente

"Agora, no caso da empresa CMPC, que tem em seu comando o chileno Eliodoro Matte, um dos maiores investimentos de celulose do Cone Sul, anuncia-se um investimento de 5 bilhões de reais, valor quase igual ao de 2008. E mais uma vez, se conta com financiamentos facilitados de 2,5 bilhões de reais do BNDES. E, de quebra, consegue-se outro apoio do governo do Estado do Rio Grande do Sul, agora sob a chefia de Tarso Genro, que parece ignorar os riscos socioambientais e econômicos deste novo empreendimento. O Secretário de Desenvolvimento, Mauro Knijnik, chegou a confessar que não estava contente, mas “muito contente”, e que se sentia como “um guri que tinha ganho uma bola nova”. Mas como ficar contente com o investimento em empreendimentos que representam altos riscos uma concentração descomunal de uma só atividade na região?
Nesta forjada “festa” para os gaúchos, entretanto, não se fala das recentes acusações dos movimentos chilenos contra a CMPC, no que toca a denúncias de ocupação por megassilvicultura dos territórios tradicionais dos Mapuches. Tampouco se comenta no Brasil uma grave denúncia dos movimentos pelos direitos humanos no Chile quanto a um possível apoio a uma chacina de 19 pessoas, sendo 14 trabalhadores da empresa, por parte da polícia militar (carabineiros), quando do golpe militar liderado pelo general Augusto Pinochet, em18 de setembro de 1973.
No que toca ao aspecto econômico, a falsa sensação de bonança encobre altos riscos, inclusive econômicos, derivados de megaempreendimentos que realimentam as já conhecidas monoculturas de trágicos resultados socioambientais no Cone Sul."
http://rsurgente.opsblog.org/2013/08/08/celulose-riograndense-redencao-ou-sindrome-de-detroit/

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