terça-feira, 29 de outubro de 2013

Fragmentos de Walter Benjamin - da experiência e da pobreza

James Ensor, Auto-Retrato com Máscaras

"Pensemos nos esplêndidos quadros de Ensor, nos quais uma grande fantasmagoria enche as ruas das metrópoles: pequenos-burgueses com fantasias carnavalescas, máscaras disformes brancas de farinha, coroas de folhas de estanho, rodopiam imprevisivelmente ao longo das ruas. Esses quadros são talvez a cópia da Renascença terrível e caótica na qual tantos depositam suas esperanças. Aqui se revela com toda clareza, que nossa pobreza de experiência é apenas uma parte da grande pobreza que recebeu novamente um rosto, nítido e preciso como o do mendigo medieval. Pois qual o valor de todo o nosso patrimônio cultural, se a experiência não mais o vincula a nós? A horrível mixórdia de estilos e concepções do mundo do século passado mostrou-nos com tanta clareza aonde esses valores culturais podem nos conduzir, quando a experiência nos é subtraída, hipócrita ou sorrateiramente, que é hoje em dia uma prova de honradez confessar nossa pobreza. Sim, é preferível confessar que essa pobreza de experiência não mais é privada, mas de toda a humanidade. Surge assim uma nova barbárie."

BENJAMIN,Walter.Experiência e Pobreza in:Magia e Técnica, Arte e Política.

domingo, 27 de outubro de 2013

Los piojos - 06 Agua - Ritual (1999)



MUJERES AMAZÓNICAS en PIE de LUCHA



Fomos tecidos como fios de uma imensa teia. Estamos conectados ainda que não tenhamos consciência. Não há nada que aconteça lá que não afete aqui. É preciso prestar atenção ao sutil esticar e encolher dos fios. A vida é bem interessante!!
As placas subterrâneas se movem. Já as raízes ocupam os domínios das rochas, já as raízes penetram mais e mais fortalecendo os troncos cortados. Já nos troncos cortados brotam as primeiras ramas. Já não haverá paz para as pedras.

sábado, 26 de outubro de 2013

Mujeres amazónicas por la defensa de la vida. 16/10/2013



“Como mujeres sentimos desde la profundidad de nuestros vientres las amenazas del extractivismo y consideramos de carácter urgente abrir el debate frente a la coyuntura que se ha generado a partir del tema Yasuní-ITT y salir en defensa de nuestra madre nutriente que pare, cría y ampara a todos sus hijos sin mirar acciones, etnias ni clases sociales”, aseguraban en un comunicado difundido hace unos día
EMBRIÁGUENSE
Hay que estar ebrio siempre. Todo reside en eso: ésta es la única cuestión. Para no sentir el horrible peso del Tiempo que nos rompe las espaldas y nos hace inclinar hacia la tierra, hay que embriagarse sin descanso.

Pero, ¿de qué? De vino, de poesía o de virtud, como mejor les parezca. Pero embriáguense.

Y si a veces, sobre las gradas de un palacio, sobre la verde hierba de una zanja, en la soledad huraña de su cuarto, la ebriedad ya atenuada o desaparecida ustedes se despiertan pregunten al viento, a la ola, a la estrella, al pájaro, al reloj, a todo lo que huye, a todo lo que gime, a todo lo que rueda, a todo lo que canta, a todo lo que habla, pregúntenle qué hora es; y el viento, la ola, la estrella, el pájaro, el reloj, contestarán:

“¡Es hora de embriagarse!"

Para no ser los esclavos martirizados del Tiempo, ¡embriáguense, embriáguense sin cesar! De vino, de poesía o de virtud, como mejor les parezca.

Charles Baudelaire



Não existe certo e errado, existe apenas perceber e não perceber.

Da página Advogados Ativistas :
Vivemos em um Estado moderno capitalista, isto significa que a principal relação social estabelecida é a compra e venda de postos de trabalho. É uma relação inventada, alguém tem um posto de trabalho e alguém tem condições de trabalhar. Desse modo, o capitalismo é baseado na propriedade privada, que se organiza em função da produção de mercadorias. A venda do trabalho move a estrutura social.
Não demorou para que não somente o trabalho, como o trabalhador também se tornasse uma mercadoria. Hoje, todas as relações sociais se mercantilizaram, o sexo, o corpo, a política, as amizades, a educação, a saúde…E em todos os contextos nos deparamos com uma mais valia extremamente brutal. 

Nessa sociedade são impostos fatos sociais, ou seja, ações que precisamos realizar. Por exemplo, leis são fatos sociais. Quem não "obedece" um fato social é posto pra fora. No caso das leis, segregado em presídios. Se você não postar algo engraçado ou interessante, ninguém vai curtir você no facebook e em pouco tempo suas atualizações não mais aparecerão para os seus 400 "amigos". Você foi posto pra fora.
Na escola aprendemos a obedecer e aceitar a quais fatos sociais devemos dizer "por favor", "obrigado" e "desculpa". O objetivo é formar cidadãos integrados a sociedade, é lá que desenvolvemos o espírito de adesão ao grupo, somos ensinados a gostar, fazer parte e realizar nossa natureza na vida coletiva.
Imperativos morais impõem laços entre os homens. Moral no sentido amplo, costumes e formas de existir. Sendo assim, não encontramos apenas na economia todas as respostas para como a sociedade se organiza. Para muitos pensadores o mercado não organiza a sociedade, pelo contrário, ele a dissolve.
O mercado dissolve as relações sociais e expõem todos a anomia - ausência de normas. Se não bastasse, em certos momentos as sociedades complexas forçam os cidadãos a conviverem em meio a normas conflitantes.
Nesse cenário não sabemos para que lado seguir, estamos colidindo a todo momento com normas que dizem A e normas que dizem B. O jovem é sem dúvida o mais penalizado. Exemplo recente disso foi o regaste dos beagles no Instituto Royal; existem leis prevendo os testes em animais e existem leis prevendo crimes de tortura em animais. O que você escolhe? O que é moralmente aceito pra você?
Existe o abuso de autoridade e a legítima defesa. Existe a liberdade de expressão e a proibição do uso de máscaras. O direito de manifestar-se e a repressão policial. A presunção de inocência e o uso de algemas. A lei e a desobediência civil. O desacato e a reação indignada. A burocracia e a ação direta.
Esse é o jogo, você sempre tem potencial para estar "certo" ou "errado". No entanto, tenha em mente, não existe certo e errado, existe apenas perceber e não perceber.


https://www.facebook.com/AdvogadosAtivistas?fref=ts







Quem se importa?


Do blog do Sakamoto por Combate ao Racismo Ambiental:
Nas últimas duas décadas, o Brasil bateu recordes na geração de empregos, reduziu a fome e a pobreza, manteve sua economia estabilizada, consolidou sua democracia. Tornou-se parte de um acrônimo (Brics), ganhou respeito internacional e começou a pavimentar seu caminho para se tornar a quinta maior economia do mundo – processos que, em maior ou menor grau, devem ser creditados aos governos que conduziram o país nesse período. Diante de um cenário de pujança como esse, pergunto-me porque o Brasil continua encontrando formas idiotas de matar seus filhos.
Pensávamos que não cometeríamos os mesmos tipos de “erros” de 20 anos atrás, mas não foi bem assim. Carandiru (1992), Vigário Geral (1993), Ianomâmis (1993), Candelária (1993), Corumbiara (1995), Eldorado dos Carajás (1996) ganharam roupagem nova e continuam acontecendo. Ou seja, o modelo se se manteve: continuamos matando gente pobre.
Nos últimos dez anos, o país assistiu a centenas de assassinatos de trabalhadores rurais indígenas, quilombolas e ribeirinhos em conflitos agrários (e daqueles que ousaram os ajudar), massacres de sem-teto e população em situação de rua, mortes de homossexuais. Isso sem contar o genocídio de jovens negros e pobres na periferia de grandes cidades, como São Paulo.
http://racismoambiental.net.br/2013/10/uma-chacina-mata-sete-no-rio-mas-quem-se-importa-de-verdade-por-leonardo-sakamoto/

FEDERACIÓN NACIONAL CAMPESINA (FNC): Prosiguen escraches a diputados en el marco de luc...

FEDERACIÓN NACIONAL CAMPESINA (FNC): Prosiguen escraches a diputados en el marco de luc...: Escrache realizado frente al domicilio de Oscar Tuma. Las organizaciones componentes del Frente en Defensa de los Bienes Públicos y ...

É no ponto de vista dos vencidos que podemos despertar e comprometer nossa consciência para destruir as estruturas que legitimam o poder do opressor.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

CTI - Notícias

CTI - Notícias
Por Centro de Trabalho Indigenista

A agenda de petróleo e gás do governo segue atropelando direitos humanos e ambientais. Sem qualquer comunicação oficial, os povos indígenas afetados, com raras exceções, não têm conhecimento sobre os blocos ofertados pela ANP e consequentemente não têm oportunidade de discutir e se manifestar a respeito dos impactos das atividades de exploração e produção sobre seus territórios ou em áreas contíguas a eles.


Audiência Pública Câmara de Vereadores - Revitalização da Orla do Guaíba...



POR Fabrizo Arriens:
Publicado em 15/10/2013
Nesta segunda-feira, dia 14 de outubro, ocorreu a 1ª Audiência Pública, na Câmara de Vereadores, para discutir com a população e entidades interessadas o projeto de revitalização da orla do guaíba, em Porto Alegre.

O arquiteto Jaime Lerner, responsável pelo projeto escolhido pela prefeitura sem participação popular e sem licitação, notório pelo exercício da arquitetura polêmica e por suas condenações na Justiça, ouviu uma população indignada com o artificialismo, falta de soluções urbanísticas e ambientais.

O presidente do IAB-RS, Tiago Holzmann da Silva, criticou a falta de concurso público para a elaboração do projeto para a orla e a escolha pela "ferramenta antiquada do notório saber", além da falta de disposição para diálogo demonstrada pela prefeitura. "Esta é a primeira vez que a comunidade tem acesso público ao projeto", disse. Segundo Holzmann, o IAB solicitou audiência pública sobre a proposta duas vezes ao Executivo, sem receber resposta. "Finalmente pedimos à Câmara, que, de forma democrática, acolheu a ideia", declarou.

A audiência pública, ao ver de Holzmann, é fundamental para a comunidade conhecer o projeto e para que seja difundida a necessidade de concurso público para todas as obras públicas. Garantiu que não questiona a qualidade do trabalho de Lerner, mas "a maneira mais correta e adequada de contratar um projeto dessa envergadura é em concurso público". Lembrou que, no caso específico da orla, em 2007, o IAB-RS estabeleceu uma longa negociação com a extinta Secretaria Municipal do Planejamento para a realização de um concurso, já que existem muitos escritórios qualificados. "Mas a ideia inicial foi abortada prematuramente", lamentou.
Holzmann criticou o Executivo municipal por "blindar os projetos mais importantes, impedindo a participação e a publicização" dessas propostas. "As obras de vulto não vêm à discussão pública, a comunidade não discute", declarou. Holzmann lamentou o fato de Porto Alegre não ter um espaço permanente para pensar a cidade, compartilhado por todos os cidadãos. "Temos aqui uma grande oportunidade, a possibilidade que outras visões possam ter espaço no projeto ou nas etapas subsequentes."

sábado, 12 de outubro de 2013

Calle 13 - Latinoamérica



Eu sou... Eu sou o que eu deixei
Sou aquilo que restou do que roubaram
Um povo escondido no topo
Minha pele é de couro, por isso aguenta qualquer tempo
Eu sou uma fábrica de fumo
Mão de obra camponesa, para o seu consumo
Frente fria no meio de verão
O Amor nos Tempos do Cólera, meu irmão!
Eu sou o sol que nasce e o dia que morre
Com os melhores entardeceres
Sou o desenvolvimento em carne viva
Um discurso político sem saliva
As mais belas faces que conheci
Sou a fotografia de um desaparecido
O sangue em suas veias
Sou um pedaço de terra que vale a pena
Uma cesta com feijão, eu sou Maradona contra a Inglaterra
Anotando-te dois gols
Sou o que sustenta minha bandeira
A espinha dorsal do planeta, é a minha cordilheira
Sou o que me ensinou meu pai
O que não quer sua pátria, não quer a sua mãe
Sou América Latina, um povo sem pernas, mas que caminha
Hey!
Coro
Toto La Momposina:
Você não pode comprar o vento
Você não pode comprar o sol
Você não pode comprar chuva
Você não pode comprar o calor
Maria Rita:
Você não pode comprar as nuvens
Você não pode comprar as cores
Você não pode comprar minha alegria
Você não pode comprar as minhas dores
Toto La Momposina:
Você não pode comprar o vento
Você não pode comprar o sol
Você não pode comprar chuva
Você não pode comprar o calor
Susana Baca:
Você não pode comprar as nuvens
Você não pode comprar as cores
Você não pode comprar minha alegria
Você não pode comprar as minhas dores

Calle 13
Tenho os lagos, tenho os rios
Eu tenho os meus dentes pra quando eu sorrio
A neve que maquia minhas montanhas
Eu tenho o sol que me secar e a chuva que me banha
Um deserto embriagado com cactos
Uma bebida de pulque para cantar com os coiotes
Tudo que eu preciso, eu tenho meus pulmões respirando azul claro
A altura que sufoca,
Sou os dentes na minha boca, mascando coca
O outono com suas folhas caídas
Os versos escritos sob as noites estreladas
Uma vinha repleta de uvas
Um canavial sob o sol em Cuba
Eu sou o mar do Caribe, que vigia as casinhas
Fazendo rituais de água benta
O vento que penteia meus cabelos
Sou, todos os santos pendurados em meu pescoço
O suco da minha luta não é artificial
Porque o abono de minha terra é natural
Coro
Toto La Momposina:
Você não pode comprar o vento
Você não pode comprar o sol
Você não pode comprar chuva
Você não pode comprar o calor
Susana Baca:
Você não pode comprar as nuvens
Você não pode comprar as cores
Você não pode comprar minha alegria
Você não pode comprar as minhas dores
Maria Rita:
Não se pode comprar o vento
Não se pode comprar o sol
Não se pode comprar a chuva
Não se pode comprar o calor
Não se pode comprar as nuvens
Não se pode comprar as cores
Não se pode comprar minha'legria
Não se pode comprar minhas dores

Você não pode comprar o sol...
Você não pode comprar chuva
(Vamos caminhando)
No riso e no amor
(Vamos caminhando)
No pranto e na dor
(Vamos desenhando o caminho)
No pode comprar a minha vida
(Vamos caminhando)
A terra não se vende

Trabalho árduo, porém com orgulho
Aqui se divide, o que é meu é seu
Este povo não se afoga com as marés
E se derruba, eu reconstruo
Tampouco pisco quando eu te vejo
Para que recordem do meu sobrenome
A Operação Condor invadindo meu ninho
Perdôo porém nunca esqueço
Hey!

Vamos caminhando
Aqui se respira luta
Vamos caminhando
Eu canto porque se ouve
Vamos desenhando o caminhando
(Vozes de um só coração)
Vamos caminhando
Aqui estamos de pé
Que viva a América!
Não podes comprar minha vida...

12 DE OCTUBRE. DIA INTERNACIONAL DE LA RESISTENCIA INDIGENA !

Policiais da UPP atiram para matar na favela do Jacarezinho




Alguém gostou muito!!

Quando o arquiteto planejou o horizonte

Quando o arquiteto planejou o horizonte
seu coração ardia igual saudades...